segunda-feira, 22 de março de 2010

A rua e sua irrequieta vida

Uma, duas, três pessoas passam apressadas na rua. Quatro, cinco, seis pessoas passam sem serem notadas na rua. Sete, oito, nove pessoas que se conhecem passam sem se falarem na rua. Dez, onze, doze pessoas perdem alguma coisa na rua. Treze, catorze, quinze pessoas jogam lixo na rua. Dezesseis, dezessete, dezoito pessoas pedem esmola na rua. Dezenove, vinte, vinte e uma pessoas vendem balas na rua. Vinde e duas, vinte e três, vinte e quatro pessoas fazem teatro na rua. Vinte e cinco, vinte e seis, vinte e sete pessoas são assaltadas na rua. Vinte e oito, vinte e nove, trinta pessoas vivem na rua.

E a rua? Bem, a rua é só uma rua e nunca deixará de ser uma rua. Mas mesmo sendo rua, ela dá abrigo a quem precisa, dá dinheiro a algum sortudo, indica o caminho pra alguém perdido, dá trabalho a quem, por ventura, necessitar, oferece um local de encontro aos amigos e ainda pode ser fonte de cultura. No fim, acho que a rua é mais humana do que os humanos que passam por lá.

Um comentário:

  1. ...A rua é mais humana que os humanos que passam por lá - fato.
    Bom texto pro tenmpo que levou pra ser feito - 10 minutos (?)
    ;**

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